Robert Venturi e Denise Scott Brown (Foto: Matt Wargo / cortesia da VSBA)
A morte do arquiteto Robert Venturi foi anunciada em comunicado divulgado por sua família na terça-feira, dia 18 de setembro: “Robert Venturi, um dos principais arquitetos do mundo, morreu aos 93 anos. Ele faleceu pacificamente em casa na terça-feira depois de uma rápida doença. Uma declaração maior sobre a incrível vida de Bob será feita nos próximos dias. Por enquanto, Denise Scott Brown e James Venturi pediram que respeitemos seus desejos de privacidade nesse momento de luto”.
De acordo com os organizadores do Prêmio Pritzker, que o homenageou em 1991, Venturi foi mais que apenas um arquiteto, foi escritor, professor e filósofo, cuja influência desafiou a ortodoxia e ajudou a redefinir o design e o pensamento pós-modernos.
“A arquitetura é uma profissão sobre madeira, tijolos, pedras, aço e vidro. É também uma forma de arte baseada em palavras, ideias e estruturas conceituais. Poucos arquitetos do século 20 foram capazes de combinar os dois aspectos da profissão, e nenhum o fez com mais sucesso do que Robert Venturi”, citou o júri de 1991 do Prêmio Pritzker.
É de Venturi a frase “Less is a bore” (menos é chato), em resposta à “Less is more” (menos é mais), de Mies van der Rohe.
Junto à Denise Scott Brown, fundou e administrou a Venturi Scott Brown Architects (VSBA), que realizou projetos como a Sainsbury Wing na National Gallery do Reino Unido e no Seattle Art Museum.
Suas obras mais famosas incluem a Vanna Venturi, casa em Filadélfia, Pensilvânia (1964); Fire Station #4 em Columbus, Indiana (1968); casa e estúdio Coxe-Hayden, em Block Island, Rhode Island (1981); Gordon Wu Hall na Universidade de Princeton, Nova Jersey (1983); e publicações como Complexidade e Contradição em Arquitetura (1966).
O arquiteto nasceu em 1925, na Filadélfia, Estados Unidos. Formou-se na Universidade de Princeton, e trabalhou com renomados profissionais, como Eero Saarinen e Louis Kahn. Integrou o corpo docente da Universidade da Pensilvânia e, posteriormente, ocupou cargos de professor em Yale e Harvard.
Segundo disse James Venturi, seu único filho com Scott Brown, ao New York Times, Robert Venturi tinha Alzheimer e morreu ouvindo Beethoven.