Expo Milão 2015

Concessões à parte - pouco restou do masterplan conceitual elaborado em 2009 por Stefano Boeri, Jacques Herzog, Ricky Burdett e William McDonough, contrário à arquitetura do espetáculo nas feiras mundiais -, a Expo Milão 2015 traz à tona o desafiante tema da geopolítica mundial da alimentação. A seguir, um percurso pelo evento: seus antecedentes e contribuições dos diversos pavilhões nacionais.

Milão realiza em 2015 sua segunda exposição mundial em pouco mais de um século. A primeira delas, em 1906, fechava um ciclo de mostras que a cidade sediava desde a segunda metade do século 19, iniciada com a exposição de 1874, sobre arte e indústria. Em 1906, recém-ingressa no reino da Itália, a cidade buscou mostrar a sua força interna através do evento, espelhando‑se em duas grandes capitais, Paris e Londres, até então líderes das feiras na Europa. Num momento de grandes transformações territoriais no continente, o tema transporte fez com que importantes obras de infraestrutura dessem suporte àquela edição, sobretudo inserindo a cidade no mapa europeu. O maior túnel ferroviário construído até então no mundo, o Simplon, nos Alpes, com 19,4 quilômetros de extensão, seria inaugurado naquele ano e sua realização foi um dos destaques da exposição, com sua imagem ilustrando o cartaz oficial.

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