No final de novembro passado, seis anos depois de vencer (em colaboração com o escritório do arquiteto Gustavo Penna) uma competição restrita para desenhar o edifício-sede da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), o arquiteto Alexandre Bragança estava entre os 400 convidados na inauguração da torre de 30 andares localizada em Santo Agostinho, bairro da região centro-sul da capital mineira – naquele momento, o seu parceiro estava fora do país. Bragança é um dos sócios do Trinia, escritório responsável, junto com o de Penna, pela arquitetura do edifício erguido em um terreno triangular, na confluência da avenida Barbacena com as ruas Mato Grosso e Gonçalves Dias. A edificação, que recebeu o nome de Aureliano Chaves em homenagem ao ex-governador mineiro e ex-vice-presidente da República (no governo do general João Baptista Figueiredo), é a segunda construída em Belo Horizonte para acomodar as instalações administrativas da Cemig. A outra, o edifício Júlio Soares, na margem oposta da avenida Barbacena, é também envidraçada (chamada por alguns de arquitetura tecnicista) e tem certa relevância arquitetônica na cidade. Foi projetada na década de 1970 pelos arquitetos Fernando Luiz Santiago e José Emílio Costa e inaugurada em 1982. Suas virtudes foram consideradas por Penna e Bragança na definição do partido do novo prédio.
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