Leão de Ouro para Álvaro Siza, na 13º BIA de Veneza

O curador da bienal,David Chipperfield, comentou que desde o início da sua carreira, o arquiteto “manteve posição única em meio à galáxia arquitetônica; sua produção de alto nível, paradoxal, é isenta da autopromoção comum à mecânica do arquiteto contemporâneo”. Neste século, oito arquitetos foram vencedores do Leão de Ouro pelo conjunto da obra nas outras seis edições da bienal. São eles: Rem Koolhaas (2010), Frank Gehry (2008), Richard Rogers (2006), Peter Einsenman (2004), Toyo Ito (2002) e o trio Renzo Piano, Paolo Soleri e Jørn Utzon (2000).

No Brasil, Siza projetou o Museu Iberê Camargo, em Porto Alegre, que críticos de arquitetura brasileiros elegeram o edifício da década, em enquete feita para a edição especial de PROJETO DESIGN sobre a produção arquitetônica no país neste primeiro decênio do século 21 (leia a edição 371, janeiro de 2011). Os italianos também já haviam premiado o museu porto alegrense na Bienal de Veneza de 2002, quando, ainda em fase de concepção, o trabalho foi escolhido para receber o Leão de Ouro de melhor projeto da mostra central do evento, intitulada Next.

Dentre os mais prestigiados prêmios mundiais do segmento, Siza já conquistou o Pritzker (1992), o Mies van der Rohe (1988) e o Riba (2009). A 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza estará aberta ao público de 29 de agosto a 25 de novembro.